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Surgido das profundezas do inferno, há trinta longos e perturbadores anos, o CRADLE OF FILTH é um gigante indiscutível dentro de um dos mais polêmicos estilos do Metal Extremo. Fornecedora imperiosa de uma cepa perenemente obscura, única e maliciosa do gênero com profundas raízes no mundo do Gothic Horror e do Ocultismo, a banda liderada por Dani Filth resistiu a três décadas de caos e provações, ganhando uma formidável reputação como força criativa singular e como uma das bandas ao vivo mais divertidas que o mundo do Metal já produziu.
Desde o seu álbum de estreia “The Principle Of Evil Made Flesh” (1992) até os seus clássicos mais abrangentes e teatrais como “Cruelty And The Beast” (1998) e “Midian” (2000), o CRADLE OF FILTH desafiou as tendências e modas e construiu seu próprio mundo idiossincrático de grandeza sórdida, tornando-se, no processo, uma das bandas de metal mais notáveis do Reino Unido. Desde então, eles percorreram o mundo inúmeras vezes, recebendo os aplausos e elogios de uma base de fãs internacional em constante expansão. Resolutamente prolífico, a discografia da banda cresceu tanto quantitativa como qualitativamente, independentemente das mudanças de formação ou dos caprichos dos fiéis.
Mais recentemente, o CRADLE OF FILTH conseguiu atingir uma marca inconfundível de criatividade e urgência com o álbum “Hammer Of The Witches” de 2015 que mostrava uma banda revigorada devido à uma nova formação. O álbum de 2017, “Cryptoriana – The Seductiveness Of Decay”, repetiu o logro com uma extravagância ainda mais explosiva e explícita. Até surgir uma pandemia global que paralisou bruscamente a indústria musical, o CRADLE OF FILTH estava quase permanentemente na estrada ou voando. Como resultado, não deve surpreender ninguém que o novo álbum da banda, intitulado “Existence Is Futile”, seja mais uma jornada monumental e eletrizante pela escuridão.
Embora seja instantaneamente reconhecível como um trabalho destes veteranos do Metal Extremo, o décimo terceiro álbum do CRADLE OF FILTH é uma besta totalmente diferente de seus predecessores imediatos. O álbum é completamente obscuro, perverso e às vezes absurdamente brutal, com uma fluidez hipnotizante que confirma que os instintos exploratórios da banda continuam afiados como sempre.
“Existence Is Futile”, gravado durante 2020 no Grindstone Studios no condado inglês Suffolk com o guru de estúdio Scott Atkins (Devilment/Benediction/Vader), é claramente o álbum mais sombrio e perturbador que o CRADLE OF FILTH fez em muito tempo. Se abstendo da já bem conhecida narrativa distorcida em favor de relances aterrorizantes no vácuo mortal e de reflexões sobre a inevitável destruição da vida na Terra, que inclui a angústia que a humanidade viria enfrentar em 2021. Porém, Dani Filth insiste que ele não previu uma pandemia global quando as novas músicas estavam sendo escritas.
“O álbum é sobre existencialismo, angústia existencial e medo do desconhecido. O conceito não foi criado pela pandemia. Já tínhamos escrito tudo antes do início, mas a pandemia é a ponta do iceberg no que diz respeito ao andamento do mundo, entendeu? Acho que o título »Existence Is Futile« [A existência é fútil], parece um pouco mórbido. Mas, de novo, é mais sobre reconhecer isto e dizer que tudo é permitido porque nada realmente importa, o que imita a máxima de Aleister Crowley. Todos nós sabemos que vamos morrer, então devemos aproveitar a vida enquanto a temos. A última faixa do álbum ’Us, Dark, Invincible’ realmente enfatiza isso. Além disso, a arte deste álbum foi feita pelo visionário letão Arthur Berzinsh, que também fez a arte dos dois últimos álbuns, e ele é extremamente bonito mas também apocalíptico”.
Fazer um novo álbum já estava nos planos do CRADLE OF FILTH bem antes de aqueles longos e solitários meses de confinamento em 2020, mas, como confessou Dani, o inevitável isolamento do resto do mundo foi o melhor incentivo para executar o trabalho, ao mesmo tempo que adiciona uma atmosfera misteriosa a toda essa experiência.
Se falamos exclusivamente do som, “Existence Is Futile” é facilmente um dos álbuns nos quais o CRADLE OF FILTH soou mais poderoso e dramático do que nunca: é simplesmente o som da invejável química que a banda tem no palco transbordando para o estúdio, levando cada um dos membros a novos níveis de intensidade. E tudo isto sempre muito bem combinando com os esperados arranjos labirínticos e uma fascinante grandiloquência que fazem que “Existence Is Futile” seja a representação mais vívida, até agora, da experiência chamada CRADLE OF FILTH.
Além disso, os fãs mais conservadores ficarão emocionados ao saber que o ator britânico Doug Bradley, que dá vida ao ícone do terror ’Pinhead’ em oito filmes da saga “Hellraiser”, mais uma vez empresta sua voz para um álbum da banda. Desta vez, seu suave tom pode se ouvir no épico ’Suffer Our Dominion’.
O décimo terceiro álbum de estúdio do CRADLE OF FILTH nos leva a um fascinante e destemido mergulho no abismo. Ousado, corajoso, loucamente imaginativo e pesado como o mesmo inferno, “Existence Is Futile” é o álbum perfeito para estes tempos imperfeitos. E como conclui Dani: “Seja como o vírus! Transforme-se e sobreviva!”
TRACK LIST
1. The Fate Of The World On Our Shoulders
2. Existential Terror
3. Necromantic Fantasies
4. Crawling King Chaos
5. Here Comes A Candle… (Infernal Lullaby)
6. Black Smoke Curling f r o mThe Lips Of War
7. Discourse Between A Man And His Soul
8. The Dying Of The Embers
9. Ashen Mortality
10. How Many Tears To Nurture A Rose?
11. Suffer Our Dominion
12. Us, Dark, Invincible
13. Sisters Of The Mist
14. Unleash The Hellion
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